sexta-feira, 25 de maio de 2012

Orquestra Rabecônica do Brasil

A primeira orquestra formada exclusivamente com rabecas e rabecões, adufos, violas, machetes e machetões, caixas e outros instrumentos da cultura popular apresenta o espetáculo musical Açucena. A orquestra está ajudando a tirar da cultura caiçara o estigma da pobreza com que a mesma sempre foi encarada e alçando-a a um patamar mais elevado, dada a sua importância histórica na formação cultural da região litorânea de São Paulo e Paraná. Todos os instrumentos usados na orquestra foram feitos através de oficinas de lutheria coordenada pelo luthier e autor do espetáculo, Aorélio Domingues, que aparece no vídeo tocando rabeca e viola.
Açucena é um espetáculo de música e folclore de Aorélio Domingues, possui a direção musical de Ulisses Galetto e trás além de inúmeros músicos importantes no cenário paranaense, mestres da Associação de Cultura Popular Mandicuera. As músicas tem arranjos de Carla Zago e Rodrigo Melo.   

É um espetáculo de música e cultura popular, que apresenta a cultura caiçara do litoral paranaense, com seus causos, danças, ritos e crenças. Um show multimídia que mostra tradições como a Folia do Divino Espírito Santo, o Fandango, o Boi de Mamão, a Folia de Reis, o Terço Cantado, pela interpretação de uma orquestra formada de adufos, violas, machetes, machetões, caixas, rabecas e rabecões. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Baile de Fandango em Morretes


PROJETO INTERFACE
OSS - Assoc. de Cultura e Cidadania de Sol a Sol
Kaaruara
elaboração e execução: Erly Ricci  e Silzi Mossato


Luis Fabiano Corujinha é músico e professor. Atua em espaço próprio, na Vila Santo Antônio, em Morretes, mas decidiu, que além de dar aulas de instrumentos e técnicas vocais era preciso dispor suas habilidades à revitalização da cultura fandangueira. Para ele, essa revitalização implica em resgatar a dança centenária, suas músicas e instrumentos. O caminho encontrado foi, junto com outros músicos, frequentar as aulas ministradas no Ponto de Cultura Casa Mandicuera e, ao mesmo tempo, fundar uma ONG para dar sustentação à proposta. Assim nasceu a ACAMFAM – Associação Cultural dos Artistas, Músicos e Fandangueiros de Morretes. A legalização da mesma foi marcada com a promoção do Baile de Fandango, no penúltimo dia da Festa Feira de Morretes. Ao lado de Luis Fabiano, nesta promoção, encontramos Luis Fernandes (dançarino de fandango), Fernando Nunes Cordeiro (viola caipira) e João Batista de Andrade (viola caipira).

Mestre Zeca e Aorélio Domingues
O baile promovido pela ACAMFAM contou com a presença de músicos e dançarinos da Casa Mandicuera.
Antes , os convidados do foram recebidos para o barreado, mas fandangueiros não esperam a hora marcada para tocar, e entre um prato e outro, uma dose de Mãe Cá Filha e outra, a roda foi formada e música encadeada, quase sem interrupção.

 Poro de Jesus, Aorélio Domingues, Mestre Zeca, Marcos Praga (o Praguinha), Miguel Martins (Mamangava) e seu irmão Darci Martins (o Bom Jesus), em parceria com tocadores locais, fandanguearam o jantar.
Marcos Praga (Praguinha)




Nesta noite o grupo de tocadores contou com a presenta de dona Aliete, mãe de Aorélio, que deu show a parte, tocando com um par de colheres.

A cantoria espontânea, que começa assim que dois ou mais tocadores de posse de algum instrumento se encontram, tem sido uma constante nos encontros mantidos com esses grupos, mas o baile de fandango foi espetáculo à parte, desencadeado pela afinação dos instrumentos, pelos testes de som, pelas brincadeiras  entre os bailarinos e músicos. A descontração continuou quando os tocadores tomaram seus instrumentos e seus lugares e os dançarinos o espaço a frente. Tamise Fernandes Alves, Lenon Rodrigo, Elyson Domingues, Adriely Lang, Denis Lang, Bruno Alves de Oliveira e Paulo Henrique, formando a roda ou mostrando a agilidade com que os tamancos mostraram porque essa cultura merece esforços desprendidos para sua preservação e renovação.
Luis Corujinha, Mamangava, Bom Jesus, Poro de Jesus, Bruno e Aliete 
Mas baile de fandango não é espetáculo para ser assistido. É para ser experimentado. Entre uma apresentação e outra, a plateia deixou de existir e protagonizou o espetáculo. Muitos, sem saber que o bailado conta a história da nossa colonização.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

PEQUENOS OBJETOS NA ARTE DE PORO DE JESUS


PROJETO INTERFACE - OSS e Kaaruara
elaboração e execução:  Erly Ricci e Silzi Mossato
 texto: Silzi Mossato 
fotos: Erly Ricci e Silzi Mossato 

Difícil obter uma foto da mão do artista, sem trêmulos ou sombras. A velocidade dos clicks não acompanham a velocidade dos dedos que agitam o instrumento. Mas depois de inúmeras tentativas, em dois encontros distintos, acertamos o foco. Postamos o resultado ao lado daquelas imperfeitas, pois na imperfeição,  a agilidade do instrumentista é revelada.
Poro, Jairo, Mamangava
Poro, Mestre Zeca, Aorélio Domingues
jantar em Morretes, antes do Baile de Fandango








Durante mais de 30 horas de permanência na Casa Mandicuera acompanhamos as idas e vindas de Poro de Jesus, que atravessava a arrumação do espaço para apresentações da Tato Criação Cênica com participação nas cantorias dos demais frequentadores. Entrava na roda com a alegria de menino que entra na brincadeira predileta e, com o mesmo humor, a deixava para cumprir com a tarefa do final de semana. Num desses intervalos apresentou o outro lado de sua arte: a produção de instrumentos e tamancos, em tamanho padrão e em miniaturas repletas de detalhes.
Eloir Paulo Ribeiro de Jesus, o Poro, integra o grupo que faz a gestão do Ponto de Cultura Casa Mandicuera, toca fandango com habilidade de mestre e produz no Atelier Rodrigo Domingues que compõe a associação. O adufo e a caixa são seus instrumentos, tanto para tocar quanto para produzir. Mas nas miniaturas reproduz também os instrumentos de corda e o faz com tal cuidado que pode-se arrancar sons dos pequenos objetos.


No segundo encontro Poro retornava da Ilha de São Miguel. Na noite anterior havia tocado no Baile de Fandango que marcou o encerramento da Romaria do Divino, mantida pela Casa Mandicuera sob coordenação do parceiro Aorélio Domingues. Na ocasião, estava em Morretes para outro baile,promovido pela ACAMFAM, Associação recém-criada por músicos morretenses, frequentadores das aulas de instrumentos da Casa Mandicuera. Mas as atividades fandangueiras diferem das produções a que estamos acostumados. A reunião para o barreado regado a “Mãe cá Filha' (cachaça com melado) que antecedeu ao baile, logo descambou para roda de fandango. E em roda de fandango, violeiros, rabequeiros, tocadores de percussão fazem revezamento sem escalas, com naturalidade e bom humor. Na ocasião, enquanto experimentávamos a parceria e o companheirismo raro que marca o grupo, conseguimos o registro fotográfico pretendido. Mas ele é um detalhe, apenas um detalhe, deste parnanguara, que na simplicidade de seus afazeres, faz a diferença na Ilha do Valadares e região.
Baile em Morretes - Poro e Aorélio com novos instrumentistas formados pela Casa Mandicuera,

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Começa a Folia do Divino

Atualizado em 25/04/2012 - 22:25


Imagem do Divino Espírito Santo na Capela da Casa Mandicuéra - Foto: Silzi Mossato
Aorélio é o mestre, na rabeca. Denis Lang o violeiro. Sombra (Odair José Américo Pereira) é o tibe, aquele que canta com a voz de contralto. Jairo na caixa e Poro de Jesus no adufe dão o ritmo. Este é o grupo de foliões que passará 30 dias tocando e cantando de casa em casa na Romaria do Divino Espírito Santo pelas ilhas e pequenas comunidades do litoral do Paraná.
Os cinco, mais algumas pessoas que os acompanham, saem nesta sexta-feira, 13, de barco e devem passar todos os dias, até a Festa do Divino, das 7 horas da manhã até às 18 horas levando duas Bandeiras, a do Divino Espírito Santo e a da Santíssima Trindade, para as famílias, algumas das quais em lugares quase isolado da civilização. São famílias de pescadores tradicionais que recebem os romeiros com fé, reverência e alegria. Quando eles ouvem o toque da caixa ao longe, a emoção toma conta. Todos largam seus afazeres e vão se preparar para receber as Bandeiras em suas casas. Tomam banho, vestem suas melhores roupas e aguardam pelo momento em que suas moradas serão abençoadas pelo Divino.
Segundo o roteiro divulgado por Poro de Jesus no Facebook, nos dias 14,15 e 16 os foliões vão percorrer a Barra do Ararapira, dia 17, Vila Fátima, 18, Sebui e 19, Bertioga. Gabriel, na Casa Mandicuéra, ficará online dando a localização da romaria para quem desejar participar no meio do caminho. Nos dias 5 e 6 de maio os foliões vão estar mais perto de Paranaguá, na Ilha de São Miguel.


Pelo Facebook, Aorelio Domingues manda avisar que houve mudanças no calendário da Romaria:


Atenção mudanças no Calendário da Romaria do Divino por causa da chuva:


dia 26 quinta - Ilha das Peças


dia 27 e 28 sexta e sábado - Ilha Rasa



dia 29 e 30 domingo e segunda- São Miguel.


Viola Caipira na Casa Mandicuera



Na foto podemos vê-los atentos às orientações dos mestres. Integram o grupo de aprendizes de viola de fandango, que nas tardes de sábado deixam a cidade de Morretes e seguem para a Ilha dos Valadares, em Paranaguá onde se unem aos outros alunos da Casa Mandicuera.
Viola Caipira         Viola de Fandango
Passam horas trabalhando a posição dos dedos e os acordes cuidadosamente indicados por Mestre Zeca. O esmero ajuda na transição de um a outro instrumento. São tocadores de viola caipira e serão tocadores de viola de fandango.
 No dia 30 de março, foram para o almoço e levaram seus instrumentos. Enquanto Denis Lang preparava a carne na chapa do fogão à lenha, exercitavam sequências e ritmos com o apoio de Aorélio Domingues. Mas depois do almoço e antes da tarde fandangueira nos presentearam com boas modas de viola, levadas com a simplicidade de quem toca com e por prazer.
 A habilidade à mostra, no improviso e sem esforço, remete ao comprometimento no aprendizado do fandango. Postura de músicos que se apropriam da própria cultura e a transmitem com honestidade. João Batista S. De Andrade e Fernando Nunes Cordeiro enriquecem as manifestações culturais do litoral paranaense.


Fotos Erly Ricci e Silzi Mossato

Aula de Fandango na Casa Mandicuéra


Aorélio nunca pára. Está sempre fazendo alguma coisa, e quase nunca pra si mesmo. Ministra aula de viola fandangueira, ritmos do fandango caiçara, marcas e versos, concede entrevista, lida na cozinha, ensina a construção de instrumentos típicos da cultura caiçara (rabeca, viola, adufo, caixa, machete e viola) e ainda supervisiona o trabalho dos outros na Casa Mandicuéra, tudo ao mesmo tempo. Em 28 horas de convivência, das quais mais de 8 foram de conversas sobre seu trabalho, Aorélio tocou viola, rabeca, adufo, ensaiou para a Romaria do Divino Espírito Santo (cuja saída para as ilhas e comunidades do litoral paranaense será nesta sexta-feira, 13), supervisionou o trabalho dos fabriqueiros como ele chama os alunos do seu atelier de lutheria, atendeu ao pessoal do teatro que fizeram duas apresentações na Casa e ainda recebeu os diversos visitantes e amigos e contou algumas piadas sobre a rivalidade entre as duas cidades portuárias do Paraná, Antonina e Paranaguá. Sempre de bom humor e disposto, Aorélio não dormiu mais do que duas horas, de sábado para domingo.

Esse moço hiperativo é um dos que fazem a cultura popular dos caiçaras paranaenses mais viva do que nunca. Ensina a construir instrumentos, a tocar e fala das tradições culturais da comunidade em que nasceu e foi criado com uma superdose de amor.
Aorélio Domingues é um jovem, como a maioria das pessoas que participam da Associação de Cultura Popular Casa Mandicuéra, um Ponto de Cultura na Ilha dos Valadares em Paranaguá. Neto de fandangueiro, escolheu trabalhar, viver, divulgar e “tocar suas tradições pra frente”. Formado em artes plásticas pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná – EMBAP, o jovem fabriqueiro, depois de ganhar inúmeros prêmios em salões de arte, resolveu voltar às origens e se dedicar em manter viva a cultura caiçara.

Segundo ele.  muitas coisas foram sendo esquecidas pelos velhos mestres e existe uma grande dificuldade de resgatar algumas canções. “Mas basta que o mestre ouça um trecho para lembrar e tocar novamente”. “Queremos resgatar algumas canções esquecidas e os pesquisadores que gravaram os velhos mestres poderiam nos ajudar nessa empreitada”, diz com aquela segurança de quem sabe o caminho que precisa trilhar.
O aprendiz de lutheria (fabriqueiro de rabeca), rabequeiro, violeiro, cozinheiro fandangueiro, romeiro... Denis Lang

Aorélio é também um dos idealizadores, criadores e diretores da Orquestra Rabecônica do Brasil, para a qual construiu cerca de 40 instrumentos.   A orquestra, a 1ª do Brasil, foi viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura de Curitiba e já se apresentou em diversas ocasiões, com o espetáculo Açucena, de música e folclore de Aorélio Domingues,  direção musical de Ulisses Galetto e trás além de inúmeros músicos importantes no cenário paranaense, mestres da Associação de Cultura Popular Mandicuera. As músicas tem arranjos de Carla Zago e Rodrigo Melo.  Apresenta a cultura caiçara do litoral paranaense, com seus causos, danças, ritos e crenças. Um show multimídia que mostra tradições como a Folia do Divino Espírito Santo, o Fandango, o Boi de Mamão, a Folia de Reis, o Terço Cantado, pela interpretação de uma orquestra formada de adufos, violas, machetes, machetões, caixas, rabecas e rabecões.

As rabecas construídas pelo jovem Mestre Aorélio apresentam um fino acabamento, a delicadeza , o timbre e a leveza de um violino. Seu atelier é completo e ele já construiu instrumentos como violoncelo e contra-baixo. Tem fixação por ferramentos. “Não posso entrar em lojas de ferragens que acabo sempre comprando mais do que podia”. O ofício de “fabriqueiro”, como gosta de chamar, também aprendeu com o avô, de quem herdou a rica cultura caiçara.
Aorélio Domingues considera que é importante ensinar, trazer as crianças para perto das suas tradições, valorizar e incentivar a arte popular dentro da própria comunidade, mas também mostrar lá fora, tirar o ranço de pobreza com que a nossa cultura sempre foi tratada no Paraná.

Não é só por isso que ele não pára. É, talvez, porque a arte da sua comunidade tenha fincado raízes generosas em seu coração. É, talvez, por puro deleite e paixão. É, talvez, porque, de outro modo, seria triste e infeliz.
Silzi Mossato  e eu passamos 28 horas - pela segunda vez (a primeira foi na semana anterior) - documentando a atividade da Casa Mandicuéra para o Projeto Interface, através da Kaaruara Editorial e da OSS, de documentação e divulgação da cultura popular brasileira, iniciado pelo fandango. 
Leia na postagem abaixo o artigo de Silzi

TRADIÇÃO, RESGATE E TRANSFORMAÇÃO


                                                                        Texto e fotos: Silzi Mossato

Mestre Zeca é o último dos antigos tocadores de rabeca da Ilha dos Valadares. Aorélio Domingues, o primeiro da nova geração. Não foi aluno de Zeca, mas é parceiro na formação da nova geração de cantores e tocadores de fandango. O menino irrequieto cresceu na Ilha. Ao lado do avô Rodrigo Domingues vivenciou não só a dança e a música de sua gente, mas o fabricação dos instrumentos. Observando e imitando os antigos, aprendeu a tocar rabeca e viola, mas também a valorizar a própria gente e suas manifestações.

Marcio Pontes R. Ribeiro (aluno e aprendiz na oficina de construção de instrumentos), Aorélio, Mestre Zeca e Luis Fabiano Corujinha (aluno de rabeca)


 Mestre Zeca, Luis Fabiano Corujinha, Fernando Nunes Cordeiro (aluno de viola de fandango) e João Batista de Andrade (aluno de viola de fandango)





Aorélio cresceu, deixou a Ilha, cursou Artes Plasticas na EMBAP – Escola de Música e Belas Artes do Paraná - ganhou os salões de desenho do estado e voltou às origens para não deixar que o grande patrimônio imaterial de sua infância e adolescência desaparecesse.
Na direção da Casa Mandicuera cria e recria os instrumentos, buscando aperfeiçoar a arte. E a ensina. Mas vai além. Toca, canta, coordena atividades do espaço que recebe e acolhe participantes e visitantes.

Entre a distribuição de atividades, a contribuição na aula dada por Mestre Zeca e a participação nas cantorias, conta causos, faz pegadinhas e fala das atividades da Casa Mandicuera, afirmando que “ a proposta é fazer a gurizada viver o universo do fandango”. E em 28 horas de convivência, entre o inicio da tarde do sábado, dia 31 de março e o final da tarde de domingo, 01 de abril de 2012, constatamos que a proposta se realiza plenamente. E vai além. A Casa recebe e apoia outras manifestações. Durante o almoço feito no fogão à lenha, a cantoria do fandango dá lugar às modas de viola, entoadas por alunos e integrantes do grupo. Na Capela e Museu Vivo do Fandango, construída pelos participantes do grupo, os ensaios para a Romaria do Divino entram na noite. Na tarde de domingo, duas encenações da Tato Criação Cênica lotam o auditório montado especialmente para o evento.
Detalhes da Capela:
Representação do Divino e as bandeiras da Romaria

                                                Aorélio mostrando os objetos do museu


Em tempos de homogeneidade forjada pela desqualificação e consequente desaparecimento de muitas manifestações populares, a Casa Mandicuera dá lição a ser seguida. Resgata e transforma a própria cultura, oferece espaço de convivência e aprendizado, valoriza e dá sustentação aos talentos emergentes. E do meu ponto de vista, Aorélio exercita na Casa, a função paterna, organizativa e estrutural, que tem desaparecido e deixado crianças, jovens e adultos sem rumo.
Moda de viola; João Batista e Fernando com acompanhamento de Miguel Martins (Mamangava)

Mestre Zecca e mamangava com Eloir Paulo Ribeiro de Jesus (Poro), presidente da Associação,
 
 Ensaio de Marcio e Denis Lang (fabriqueiro, toca viola e estuda rabeca)

Durante o próximo mês integrantes do grupo Mandicuera percorrem parte do litoral paranaense com a Romaria do Divino. A trajetória será divulgada pelo site www.mandicuera.com. neste período serão postados diferentes vídeos das atividades na Casa Mandicuera, pelo Projeto Interface.